fodografo

Esse é um blog no qual pretendo mostrar e narrar algumas de minhas deliciosas aventuras, preferencialmente com as TG´s, deliciosas beldades que povoam os sonhos de muitos marmanjos. Não tem preço nenhum paravisitá-lo, a não ser o seu comentário: o que achou, o que viu, o que gostaria de ver. TG´s e casais que desejem ser fotografados (ou fodografados) entrem em contato por email. Será um prazer.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Fui!

É com um misto de alegria e felicidade que me despeço. Não digo para nunca mais voltar, afinal todo adeus é um até logo.

A minha finalidade ao montar o blog era compartilhar experiências, conhecer e fazer mais conhecido o mundo das T Girls, como fizeram grandes nomes do blogerismo trans, como Rhandal, Nei, Paulinho Cazé e outros que, injustamente não vou citar pois teria que fazer uma pesquisa e, além da falta de tempo para isso, ainda continuaria sendo injusto, pois com certeza alguém ficaria de fora.

Sou um pacifista de alma, e acredito que cada um faz aquilo que quer, desde que não perturbe o outro. Se o Rhandal quer dar o cú, o cú é dele, e ninguém tem nada a ver com isso, salvo aquele que for comer. Se alguém prefere apenas sair com o travesti e nem mesmo olhar para o pau dele, o problema é só dos dois. Se outro resolver se transformar numa puta ninfomaníaca, enfileirar uma dúzia de travestis para lhe comerem o rabo e gozarem na sua boca, o problema é dele, mas ele deve ser prevenido, com respeito, dos riscos que está correndo e aos quais está expondo outras pessoas, pois pode espalhar doenças terríveis pelo mundo afora, inclusive entre as pessoas mais próximas dele.

Na Revista da Folha tem (tinha?) uma tal de uma Vange Leonel que escrevia na seção gay, destilando um preconceito enorme e irracional contra os homens. Só faltou dizer textualmente, pois deu muitas vezes a entender, que deveria se liquidar os homens do planeta.Nos blogs, aparecem preconceitos contra mariconas que, repito, dão o cú que é deles e pagam por isso aquilo que combinam. Preconceito de gays contra os que saem com travestis, preconceitos de travestis contra aqueles que saem com eles mesmos e os sustentam, e assim por diante.

Aonde mais deveria não haver preconceito, uma vez que até chegar a ser um travesti ou um gay (assumido ou não), ou mesmo a sair com um travesti sem se arrepender e dizer que aquela foi a última vez, a pessoa enfrentou de forma muito sofrida uma interminável série de preconceitos. E em vez de aproveitar para diminuir os preconceitos desse mundo, e dessa forma contribuir para a sua melhora, as pessoas fazem exatamente o contrário. Será um tipo de vingança?

Saí várias vezes com travestis. Mas esses fatos que descrevi acima fizeram com que eu começasse a perder a vontade. Ao mesmo tempo, fui me afastando das ruas, cada vez mais perigosas. Quantas vezes não vi um colega com o carro parado, sendo achacado por um bando de travestis? Quantas vezes não ouvi sobre crimes envolvendo até mesmo mortes pelas ruas do Jóquei? Fico imaginando os filhos, a família de alguém que “morreu em combate” sendo comentário eterno dos colegas de história: aquele lá é o cara que o pai viado morreu morto por um traveco!

E eu só queria um mundo que durasse, em que as pessoas fossem honestas umas com as outras, em que cada um plantasse a paz. Para isso, é necessária ausência de preconceitos “atitude, sentimento ou parecer insensato, de natureza hostil, assumido em conseqüência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância “ e compaixão “sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor”.

Crimes, intriga, traição. Esse não é o meu mundo. Fui.